sábado, 17 de maio de 2025

Goodison Park Para Sempre: 1892 - ∞

 


Ilustramos este texto/fio com imagens dos jogos mais marcantes realizados em Goodison Park desde a fundação do nosso blog/comunidade, em meados de 2007. Também incluímos imagens históricas em nosso templo.

Com o passar das últimas semanas, é difícil de se esquivar de um adeus, ou melhor, de uma transição para uma nova fase do Everton e das nossas vidas enquanto torcedores. Para quem frequenta o estádio ou assiste tudo por uma tela, se organizar para assistir a um jogo dos Toffees em Goodison Park sempre foi um ritual. Nos sábados ensolarados ou nas noites de meio de semana, é quase impossível ignorar o que se passa naquele campo por 90 minutos. Fizemos amigos e desavenças, comemoramos e choramos, sentimos diversas emoções em uma só partida com bastante frequência, mesmo à milhares de quilômetros de L4.



Ao longo de 133 anos, atravessando três séculos diferentes, a Grand Old Lady - ou a Velha Senhora - sintetizou e representou não só a história do Everton, como também, a história do futebol inglês e (por que não?) mundial. Na Copa do Mundo de 1966, Goodison foi o estádio de clube a receber mais jogos, ficando atrás apenas de Wembley. Pelé, Garrincha, Eusébio, Yashin, Matthäus, Riquelme e Ronaldo pisaram em nosso campo. Até mesmo o Sylvester Stallone resolveu aparecer por lá uma vez, acredita?




É claro: lembramos mais de quem honrou as nossas cores na Velha Senhora. O primeiro camisa 9 da ilha, Dixie Dean; o brilhante Harry Catterick; a Sagrada Trindade de Ball, Kendall e Harvey; o rei Andy King e o goleador Bob Latchford; o esquadrão multicampeão dos anos 80; Neville Southall, o melhor goleiro que o mundo decidiu subvalorizar; as cabeçadas e confusões de Duncan Ferguson; os Cães de Guerra de 1995; o boxeador Tim Cahill; os melhores laterais do mundo (segundo nós mesmos) Leighton Baines e Seamus Coleman; o Pombo Richarlison e o entertainer Jordan Pickford; Doucouré e seus momentos ‘clutch’. Não dá pra falar de uma história centenária em um parágrafo, mas é possível ressaltar como nossas glórias e momentos positivos se sobressaem aos momentos de decepção. E como houveram glórias!





De certa forma, o futebol masculino profissional do Everton necessita de uma nova casa para poder olhar pro futuro com mais sede de vencer. Obviamente, não é somente esse movimento que irá garantir algo, mas é necessário. E com o desenrolar da nova gestão do clube, é também um alento ver que Goodison Park será a casa das meninas do Everton, já sendo um marco pro futebol feminino na Inglaterra. A nossa casa continuará aberta e com atletas prontas para dar sequência à história desse templo, seguindo o legado de Toni Duggan, Izzy Christiansen e Lucy Graham; nada mais justo do que abraçar nossas jogadoras nesta nova fase.


Também é um alívio saber que ainda há chance de conhecer o estádio. É uma perspectiva completamente diferente à do torcedor local, que cresceu vivendo a cultura e percorrendo o entorno de Goodison. Ao mesmo tempo, o sentimento de pertencimento é igual, uma conexão que é quase impossível de se explicar, estando em Liverpool ou em Natal, ou em qualquer outro lugar do mundo. Talvez Goodison Park seja como Paisley Park, um lugar místico onde só quem entende aquele universo consegue senti-lo correndo em suas veias, influenciando sua própria história. E assim como Paisley Park, Goodison Park está e estará em nossos corações para sempre.




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