Olá, galera! Tá no ar mais um Brazilian Toffees, desta vez com um convidado que tem muita história pra contar. Thiago Cordeiro é torcedor dos Blues há quase 20 anos e falou um pouco sobre sua história com os Blues. Vamos lá:
EFC Brasil – Thiago, apresente-se
para o pessoal: onde você mora, qual sua ocupação, quantos anos você tem...
Thiago - Meu
nome é Thiago Cordeiro, sou jornalista, tenho 32 anos. Natural de São Paulo,
Sorocabano há 16 anos, apaixonado por esportes, louco por esportes americanos e
com duas paixões no futebol: Santos e Everton FC.
EFC Brasil – Como você
conheceu o Everton?
Thiago - Minha história com o Everton é
bizarra. Eu tinha 13 anos, em 1994, e ganhei um jogo chamado "World Trophy
Soccer 94" para o extinto Mega Drive. Depois de jogar por dias, ganhando a
Copa do Mundo com o Catar, decidi jogar o Campeonato Inglês com o time mais
fraco de todos no Overall. Chuta que time que era?
|
EFC Brasil – Ahaha,
imagino. E então, o que aconteceu em seguida?
Thiago - Aconteceu
que a Internet no Brasil estava começando. Era “dial up”, tudo difícil e
lento... E passei a acompanhar aquele time que eu mal conhecia o nome de
ninguém. Afinal no jogo os nomes eram fantasias. Fiquei acompanhando as
temporadas de 95, 96 e 97 dessa forma, lembro que o time era horroroso, brigava
pra não cair literalmente todos os anos. E foi
assim, muito frio e distante, até que eu comecei a acompanhar mais a fundo na
virada de 99/2000. A partir daí comecei a comprar camisas pela internet e a paixão
foi crescendo.
EFC Brasil - Mas você chegou a ver a FA Cup de 1995?
Thiago - Acompanhava resultados, as
memórias são de um fã mirim, entrando periodicamente para ver
se o time ganhava ou perdia. Lembro que usava a internet do laboratório da
escola... Era tudo difícil.
EFC Brasil - Você lembra
qual foi o primeiro jogo do Everton que assistiu? Ou um dos primeiros?
Thiago - O
primeiro jogo que eu vi na TV a Cabo foi Arsenal 7 x 1 Everton, se não me
engano. Mas a primeira tristeza mesmo foi perder a preliminar da UCL
pro Villareal, passaram os dois jogos no Brasil. Lembro-me de ter largado o
estágio mais cedo para assistir ao jogo... nem estágio era mais, já trabalhava
na rádio.
Algumas camisas da coleção de Thiago |
EFC Brasil – Thiago, você
tem muita história pra contar e você viu o Everton passar por toda uma
transformação. Como você analisa essas mudanças ocorridas no clube desde que
você se tornou torcedor dos Toffees?
Thiago - Olha cara,
sinceramente sou muito grato ao Moyes, acho mesmo que ele foi fundamental por
estabilizar o clube, mas odeio esse filho da p*ta desde a derrota pro Villareal. Sério,
sempre entrou pra não perder, sempre foi omisso com o futebol pra frente, matou
a tradição de ser um time que jogava pra cima...
Acho que o Kenwright é um
apaixonado pelo clube, mas um dia nosso Everton será vendido pra um sheik e
tudo ficará mais fácil. Roberto me parece um cara um pouco mais ousado, apesar
de achar que também se preocupa mais com posse de “bola pro lado”. Mas perto do
Moyes ele é um Telê Santana.
EFC Brasil - Você tá
gostando desse início de trabalho do Martinez?
Thiago - Eu tô gostando
do Lukaku, ahahahaha. Gostei das contratações, mesmo por empréstimo, mas ainda
acho que o time tem medo de perder. Só que tiramos a sombra do Moyes - duas
linhas de cinco o tempo todo – e isso já foi ótimo.
EFC Brasil - Pois é, o
time ainda precisa mudar de mentalidade. Quais são os seus ídolos do clube?
Thiago – Tim Cahill, porque sempre metia golzinhos
salvadores; Hibbo, pela história. Acompanho o Leon Osman no time há anos...
Gostava muito do Lescott, muito mesmo. Mas hoje gosto do Lukaku, pelo que ele
está fazendo, ahahaha. Dos mais antigos, gostava do Paul Gascoigne e do Rooney
no início de carreira. Lembro-me de ter lido a matéria sobre "um menino de 16
anos que estava subindo para o time principal". Mas depois fiquei puto com a
camisa 18 do Rooney.
EFC Brasil - Você tem
algum momento marcante relacionado ao Everton? Alguma história?
Thiago – Eu ganhei uma
camisa de treino autografada pelo Tim Cahill, de um amigo que fez intercâmbio
na Austrália. Ele chegou lá e um cara perguntou se ele torcia para algum time
na Premier League; ele disse “Everton”, pois foi o primeiro clube que lembrou, de
tanto que eu falava a ele sobre o clube. O tal cara também torcia pro Everton,
aí ele pirou, deu a camisa pro meu amigo e, depois de três anos, ela parou em
minhas mãos. Essa história foi um ponto alto, mas acho que a mais legal foi ter
feito meus amigos acompanharem o Everton. Hoje tenho três amigos na minha turma
que, quando tem jogo rolando, ligam, mandam SMS.
O autógrafo de Cahill |
EFC Brasil – Pra
finalizar, o que o Everton representa em sua vida?
Thiago - Hoje o Everton é uma mistura de adoração
com orgulho próprio. Eu sei que o time tem as limitações, juro que não faço
questão da vitória, representa muita da garra... do Davi contra Golias, de ser
resultado de algo que começou de maneira ingênua e hoje faz parte da minha
rotina. Digo que ser Everton é abrir mão da vitória ou do titulo, é se importar
com a jornada, esperar apenas que o time honre o manto e jogue pra cima. Levo
um pouco do Everton nas coisas que eu faço. Não importa o tamanho do desafio,
com força e vontade, é possível.
O cara tem tantas camisas do Everton, e eu aqui querendo pelo menos uma...
ResponderExcluir