Começando Bem Novamente

  O Everton, até algumas semanas atrás, tinha tudo para começar mais uma temporada em baixa. Conhecido pelos inícios ruins na Premier League, muitos já davam o jogo contra o Manchester United – sempre favorito ao título – como vencido pelos Diabos Vermelhos. Só que o Clube do Povo provou o contrário.

  Apesar da memorável cerimônia em homenagem a Tony Hibbert – que completou 11 anos no time profissional do Everton - a pré-temporada não foi tão positiva, já que perdemos os amistosos contra Blackpool e Málaga; a situação financeira complicada do clube também seria (como sempre) uma pedra no sapato para as pretensões de David Moyes. O que doeu mais ainda foi, sem dúvida, a transferência de Tim Cahill para o New York Red Bulls, que pagou 1 milhão de libras pelo australiano; Rodwell, grande promessa mas que não vinha rendendo bem, foi vendido para o Manchester City

  Até que o otimismo visitou Goodison Park mais uma vez. Se a saída de Cahill eclipsou a chegada de Steven Naismith, se a venda de Rodwell logo após a compra definitiva de Steven Pienaar pegou todo mundo desprevenido, os Toffees viraram o jogo. Com a chegada de Kevin Mirallas, os Evertonianos esqueceram os problemas e enxergaram com bons olhos o início da temporada 2012-2013. E, depois de alguns dias, chegou o aguardado momento: Everton contra Man United.

  Um clássico do futebol inglês, sem dúvidas. Os Red Devils têm vantagem em confrontos diretos com os Blues (em toda a história da Premier League, o Everton só havia vencido o Manchester United 3 vezes) e estavam ansiosos pela estreia de Robin Van Persie, artilheiro da temporada 2011-2012. E o que aconteceu? Aconteceu o que poucos haviam ousado em pensar. O Everton, desde o início, mostrou-se sólido, organizado em campo, com estilo de jogo predefinido no segundo turno da temporada passada. Resultado: Distin, Jagielka e Hibbert impecáveis na defesa; Osman e Gibson hiperativos e show particular de Marouane Fellaini que, lembrando Duncan Ferguson, marcou o gol da vitória e “acabou com o jogo”, levando os quase 40.000 torcedores presentes em Goodison à loucura!

  Essa foi uma noite memorável. Não só pela atuação brilhante de Fellaini, por ter visto Gibson cantando “it’s a grand old team...” com a torcida ou por ter vencido o poderoso time de Alex Ferguson. Essa vitória, esse time apontou para um velho caminho, pelo qual não passamos há muito tempo. Que venha o Aston Villa, que venham mais vitórias e que venha finalmente um título!

Stand Together!