terça-feira, 7 de agosto de 2018

O curioso caso dos brasileiros no Everton

Fala, galera! Estávamos sumidos por aqui, mas a temporada volta neste final de semana e, para aquecermos os motores, faremos algumas postagens aqui no blog.

Como vocês já devem saber, tivemos o reforço de um brasileiro para a temporada 2018/19: o atacante Richarlison, ex-Watford, e que atuou por América-MG e Fluminense aqui no Brasil. Pois bem, graças a vinda de Richarlison (e a possível vinda de outro brasileiro), decidimos levantar algumas informações e fazer um balanço sobre os brasileiros que atuaram no Everton até então. Não foram muitos, é verdade, mas vamos lá.

- Rodrigo Beckham (2002-2003)

Rodrigo atuando em um amistoso contra o Athletic Bilbao, em 2002.
Em julho de 2002, o Everton contratou seu primeiro jogador brasileiro: Rodrigo "Beckham", meia-atacante do Botafogo, chegou por empréstimo de uma temporada para reforçar os Toffees, que vinham de uma temporada difícil, quando terminaram a liga na 15ª colocação.

Rodrigo era conhecido pelos gols de bola parada aqui no Brasil e, ao chegar no Everton, pediu para que sua camisa levasse o nome "Rodrigol". Porém, o brasileiro não mostrou muito de seu futebol: com uma lesão mal diagnosticada no joelho, o atleta só atuou em quatro partidas oficiais entre agosto e setembro de 2002 - todas vindo do banco de reservas - e não marcou gols. No mesmo mês de setembro, a lesão do meia se agravou e, por isso, não atuou mais pelo Everton. Rodrigo deixou o clube em maio de 2003.

Jogos: 
Tottenham (C) - empate; 
Birmingham (C) - empate; 
Manchester City (F) - derrota; 
Southampton (F) - derrota.

- Anderson Silva (2005-2008)

Anderson em um amistoso contra o Bournemouth, em 2007.
Nome desconhecido no futebol nacional, Anderson Silva foi um caso complicado. O Everton contratou o meia ainda em 2005, junto ao Nacional-URU, visando a participação na UEFA Champions League. Porém, Anderson não pode ser utilizado por problemas com passaporte e, assim, foi emprestado ao Málaga-ESP por uma temporada, até que sua situação fosse resolvida.

Apenas em janeiro de 2007, os Toffees decidiram contratá-lo por seis meses, após Anderson ter garantido passaporte europeu. O brasileiro atuou apenas em uma partida, como substituto, mas o clube decidiu renovar seu contrato por mais um ano. Porém, a renovação não mudou o panorama do jogador no time principal e, em 2008, o meia deixou Goodison Park para se juntar ao Barnsley. 

Anderson ainda atua profissionalmente, jogando no Villa Española, da segunda divisão uruguaia.

Jogos: Charlton (C) - vitória.

- Jô (2009-2010)

Jô comemorando um de seus gols pelo clube, em 2009.
Nome mais conhecido a ter vestido a camisa do Everton, o atacante Jô chegou aos Blues em 2009, por empréstimo junto ao Manchester City. Inicialmente, o jogador ficaria até o final da temporada 2008/09. 

Assim que chegou em Goodison, Jô teve bastante impacto para a equipe, marcando 5 gols em 12 jogos, e suprindo a ausência de Yakubu, que ficou lesionado por boa parte da temporada. Seu desempenho agradou David Moyes e companhia, e em julho do mesmo ano, os Toffees acertaram novamente o empréstimo do atacante, dessa vez por uma temporada.

Entretanto, a segunda passagem de Jô pelo clube não foi positiva. O atacante ex-Corinthians marcou apenas dois gols, em jogos de copas, e teve seu empréstimo terminado pelo Everton após voltar ao Brasil sem permissão, para o período festivo do final de ano.

Confira o histórico de Jô no Everton aqui.

*Felipe Mattioni (2015-2016)
Originado na base do Grêmio, Felipe Mattioni chegou ao Everton como um trialist, após o contrato com seu clube anterior, o Espanyol, ter expirado. Em outubro de 2015, após ter sido convidado para treinar no clube, o lateral assinou um contrato até junho de 2016 e foi emprestado ao Doncaster Rovers, da League One (terceira divisão inglesa).

Apesar de ter atuado pelo sub-23 do clube, Mattioni nunca chegou a jogar pelo time principal do Everton e deixou o clube ao término de seu contrato.

BÔNUS: O caso Müller
Existe uma história lendária entre a torcida do Everton, sobre uma transferência mal sucedida do ex-atacante Müller, que marcou época com a camisa do São Paulo.

Após terem vendido Tony Cottee para o West Ham, às vésperas da temporada 1994/95, o Everton só havia trazido como reposição Daniel Amokachi, de 21 anos. Cottee havia sido artilheiro do clube em diferentes temporadas e, por isso, os Toffees precisavam de um nome certo para comandar seu ataque. 

Müller na Inglaterra, em 1994.
O Everton sondou nomes como Viola (aquele, de Corinthians e Vasco) e Kostadinov (Porto), mas nada foi para frente. Então o clube voltou suas atenções para Müller, que também foi pretendido pelo Tottenham (que optou por contratar Jurgen Klinsmann). Entre agosto e setembro de 1994, os rumores e negociações se intensificaram, até que Müller e seu empresário desembarcaram na Inglaterra para finalizarem o acordo.

Porém, as coisas não saíram como previsto. Após seis horas de reunião em Goodison Park, Müller voltou para seu hotel e, segundo seu agente, iria concluir as negociações no dia seguinte. Mas não foi essa a versão dada pelo presidente do clube na época, Peter Johnson. Este alegou em um comunicado que diferenças sobre a taxação de impostos no Reino Unido complicaram a negociação e, assim, Müller retornou ao Brasil, pondo fim à transferência do Everton.

Mike Walker, técnico do Everton na época
O técnico na época, Mike Walker atribuiu o fracasso da negociação ao agente de Müller, alegando que o jogador queria se juntar ao clube, mas que seu empresário decidiu por mais valores ao longo da história.

Imagina o que poderia ter sido, não é? Boa sorte ao Richarlison, que seja o primeiro brasileiro a fazer grande história com a camisa do Everton! COYB!


Nenhum comentário:

Postar um comentário