domingo, 7 de junho de 2015

O Termômetro (ou mais um texto sobre mais um final de temporada)

A "Lap of Apology" ao final do jogo contra o Tottenham (foto: Daily Mail)
Se uma temporada do Everton na Premier League pudesse ser considerada caótica, seria esta que acabou no dia 26 de maio. Assim como sua irmã gêmea, a temporada 2005/06, os últimos nove meses dos Toffees foram uma mistura de tormento, aflição e lampejos extasiantes.

Refletindo após o encerramento da última edição do campeonato inglês, é melhor não apontar um ou outro culpado pela performance ruim do clube. Alguns jogadores podem ter falhado mais, decepcionado mais que outros; uns podem ter gerado mais expectativas também. A verdade é que não há uma explicação lógica que descreva o que causou a queda brusca de um time que outrora chegou a ser admirado e respeitado numa liga forte como a EPL. Até o início oficial de 2015/16, este discurso vai soar retroativo.

Martinez saúda a torcida ao final do jogo contra os Spurs (Foto: Daily Mail)
Não importa também se você vê o Everton como um mero time de meio de tabela ou um gigante adormecido encurralado pela luxúria financeira do futebol moderno - talvez seja uma mistura dos dois -, mas é fato que dificilmente esse prato azedo será bem digerido por cada torcedor dos Toffees, e assim teremos três meses com diversas questões: como será o Everton a partir de agosto? Qual formação, qual estilo de jogo irá utilizar? O Martinez abrirá mão de sua filosofia em prol de melhores resultados? A diretoria vai dar mais apoio à comissão técnica? Quem sai? Quem fica? Quem chega? Não temos respostas, por enquanto. Fato é que a terceira temporada sob o comando do técnico espanhol será o tira-teima, ou melhor, o termômetro, como o título sugere: Martinez é o de 2013/14 ou o de 2014/15? Os jogadores atuaram acima das expectativas em 2013/14? A temporada 2014/15 foi um acaso?

Everton não esperou muito para fazer sua primeira contratação para a próxima temporada: Tom Cleverley, de graça (foto: Yahoo)
A primeira contratação para a próxima temporada, Cleverley não poderia simbolizar melhor a atual posição do Everton: visto como brilhante e com futuro promissor em uma hora, medíocre e absurdamente frustrante em outra. Tendo trabalhado com Martinez no Wigan, o novo contratado não poderia ser um espelho tão preciso de seu novo clube: uma completa incógnita.

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