segunda-feira, 20 de maio de 2013

Mais do Mesmo


  Pois é, mais uma temporada encerrada. Esses dois próximos meses fazem parte do período da "menstruação masculina", onde não se tem futebol europeu (no meu caso, mais especificamente, o inglês). E o que pensar? Bem, teremos dezenas de rumores envolvendo jogadores e técnicos que podem desembarcar em Finch Farm. Mas, deixando os boatos de lado, como podemos ver essa recém-finalizada temporada?

  O Everton começou de forma mais atípica, jogando em alto nível e parecia que tinha tudo para continuar no Top 4. Duas vitórias memoráveis nas duas primeiras partidas, contra Man United, em casa, e Aston Villa, fora. Veio a primeira derrota, para o West Bromwich, que foi logo eclipsada pelas boas atuações diante de Newcastle e Swansea. O mês de setembro terminou com a virada pra cima do Southampton, mas ficou marcado por mais uma precoce eliminação na Copa da Liga Inglesa: os Blues não jogaram nada diante do Leeds, que mereceu a vitória. Esse jogo foi um aviso.

  Podemos dizer que outubro foi um período obscuro. Foram três jogos e três empates, com direito a erros memoráveis de Heitinga (contra o Wigan) e desatenções absurdas (contra QPR e Liverpool). O Everton começou da mesma forma o mês de novembro, deixando o Fulham empatar nos acréscimos. Só depois que os Blues conseguiram conquistar três pontos de uma vez, após a vitória marcante sobre o Sunderland. Depois disso, fizemos dois dos nossos piores jogos na temporada: como tivemos a habilidade de perder pro fraquíssimo Reading? E como deixamos - diga-se de passagem, sempre deixamos - o Norwich nos dominar, dentro de nossa casa? Coisas do Everton. Dezembro nos trouxe uma maior regularidade: conseguimos dois bons empates fora de casa, diante de Manchester City e Stoke (no tempo em que era impossível derrotar este último em casa), e emplacamos boas vitórias; a mais memorável, sem dúvidas, foi a virada nos acréscimos pra cima do Tottenham. Apesar da derrota (mais do que injusta) para o Chelsea - nosso algoz nesta temporada -, 2013 ainda parecia promissor.

  E quando começou, pareceu mesmo. Vencemos o Newcastle fora de casa e goleamos o Cheltenham, partida válida pela primeira fase (nota: primeira fase para os clubes da Premier League) da FA Cup. Então, vieram dois empates horrorosos, diante de Swansea e So'ton. A má fase estava voltando. Mesmo assim, o Everton conseguiu mais duas vitórias na temporada, batendo o Bolton pela FA Cup (com direito a gol de Heitinga) e o West Bromwich (com show de Leighton Baines). Aí... bem, aí a má fase voltou de viagem. Um empate dramático, em casa, diante do Aston Villa, com Benteke aterrorizando a nossa zaga, deixou o sinal vermelho ligado em Goodison. Os três jogos seguintes também foram vexaminosos: não jogamos, definitivamente, contra o Manchester United, empatamos com o poderoso Oldham e, pior, perdemos de virada - nos acréscimos - para o "envolvente" Norwich (PORQUE ESSE TIME SEMPRE GANHA DO EVERTON????).

  Os Toffees precisavam dar uma resposta. Logo, conseguiram eliminar o Oldham da FA Cup e jogar bem diante do Reading, em casa. Duas vitórias que indicavam um Everton mais equilibrado, um time voltando aos eixos. Foi assim que o maior baque da temporada veio: o jogo do ano, a torcida desesperada por um título, louca para ir à Wembley. E o que o Everton faz: é completamente dominado, em casa, pelo Wigan; Moyes levou um nó inesquecível de Martinez e teve a genial ideia de colocar Neville no lugar de Gibson, única e exclusivamente por "questões táticas". Foi uma punhalada nas costas. Mais um ano sem títulos, humilhados dentro de sua casa, e quase sem perspectivas de classificação para competições europeias. Sem contar que, essa derrota para os Latics foi um fator determinante para a saída de David Moyes. A única coisa que Moyes & companhia poderiam fazer é pedir desculpas, isto é, pedir perdão, apresentando um futebol digno do Everton.

  E foi assim que os Toffees tiveram sua última boa fase na temporada: uma vitória arrasadora diante do Manchester City, em casa, causou uma loucura/euforia instantânea nos torcedores. A vitória magra porém estonteante diante do Stoke indicava um Everton revigorado; o bom empate fora de casa, diante do Tottenham, só não foi melhor porque o time já havia acumulado mais de uma dezena de empates na competição. Abril começou "bacana", com a boa vitória sobre o QPR, e a boa atuação (e mais um empate) contra o Arsenal. Mas, essa boa sequência nunca foi suficiente para os Toffees entrarem bem na briga pelo Top 4. Veio uma derrota embaraçosa para o Sunderland, que tirou praticamente qualquer chance do Everton jogar uma competição europeia na próxima temporada. O Everton voltou a apresentar um bom futebol, apenas para "acabar bem", massacrando o Fulham em casa e jogando bem diante do Liverpool, em Anfield. Então, houve a despedida de Moyes de Goodison Park: o jogo contra o West Ham foi uma festa, pois já não havia nada a ser perdido. É sempre gostoso ver um jogo em Goodison Park com esse clima, festivo e extasiante.

  Nossa temporada acabou com três pontos perdidos para o Chelsea, um jogo em que o Everton teve tudo para sair vitorioso. Acabou do modo como estamos acostumados a ver nosso clube nos últimos anos: até foi bom, mas não o bastante. Talvez o fato de não termos contratado jogadores em janeiro tenha pesado para essa queda de rendimento dos Toffees na reta final. A má fase de Jelavic também foi algo que nos atrapalhou bastante. Mas a verdade é que estamos tão acostumados a ver o Everton ceder em momentos cruciais, que a temporada 2012-2013 ficou com um gosto de "até que fomos longe". Pra mim, ficou o velho gosto de "poderíamos ter ido mais longe". Teremos "férias" agora; o verão evertoniano promete: novo técnico, novos jogadores, possíveis saídas de jogadores, possíveis novos patrocínios e, quiçá, um novo dono. Vamos esperar novamente por mudanças: que não venha o famoso "mais do mesmo".

COME ON YOU BLUES

3 comentários:

  1. Ola gostaria de postar neste blog ja q cada vez gosto mais desse time incrivel chamado everton.pfv respondam

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  2. E parabéns,gostei muito dessa "Sinopse" da temporada,pois tem muitos que começou a acompanhar o time a pouco tempo,eu sou um deles então é muito legal saber o que aconteceu antes de eu acompanhar.

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  3. Bom texto, Luan.

    Mais uma daquelas temporadas de altos e baixos que estamos acostumados. menos mal que fizemos um bom papel na PL.

    E ta certo que os caras acabaram levando o título, o que pode até servir de consolo, mas aquela derrota em casa pro Wigan por 3-0 (!!!) será muito difícil de esquecer...

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