Pois é, mais uma temporada encerrada. Esses dois próximos meses fazem parte do período da "menstruação masculina", onde não se tem futebol europeu (no meu caso, mais especificamente, o inglês). E o que pensar? Bem, teremos dezenas de rumores envolvendo jogadores e técnicos que podem desembarcar em Finch Farm. Mas, deixando os boatos de lado, como podemos ver essa recém-finalizada temporada?
O Everton começou de forma mais atípica, jogando em alto nível e parecia que tinha tudo para continuar no Top 4. Duas vitórias memoráveis nas duas primeiras partidas, contra Man United, em casa, e Aston Villa, fora. Veio a primeira derrota, para o West Bromwich, que foi logo eclipsada pelas boas atuações diante de Newcastle e Swansea. O mês de setembro terminou com a virada pra cima do Southampton, mas ficou marcado por mais uma precoce eliminação na Copa da Liga Inglesa: os Blues não jogaram nada diante do Leeds, que mereceu a vitória. Esse jogo foi um aviso.
Podemos dizer que outubro foi um período obscuro. Foram três jogos e três empates, com direito a erros memoráveis de Heitinga (contra o Wigan) e desatenções absurdas (contra QPR e Liverpool). O Everton começou da mesma forma o mês de novembro, deixando o Fulham empatar nos acréscimos. Só depois que os Blues conseguiram conquistar três pontos de uma vez, após a vitória marcante sobre o Sunderland. Depois disso, fizemos dois dos nossos piores jogos na temporada: como tivemos a habilidade de perder pro fraquíssimo Reading? E como deixamos - diga-se de passagem, sempre deixamos - o Norwich nos dominar, dentro de nossa casa? Coisas do Everton. Dezembro nos trouxe uma maior regularidade: conseguimos dois bons empates fora de casa, diante de Manchester City e Stoke (no tempo em que era impossível derrotar este último em casa), e emplacamos boas vitórias; a mais memorável, sem dúvidas, foi a virada nos acréscimos pra cima do Tottenham. Apesar da derrota (mais do que injusta) para o Chelsea - nosso algoz nesta temporada -, 2013 ainda parecia promissor.
E quando começou, pareceu mesmo. Vencemos o Newcastle fora de casa e goleamos o Cheltenham, partida válida pela primeira fase (nota: primeira fase para os clubes da Premier League) da FA Cup. Então, vieram dois empates horrorosos, diante de Swansea e So'ton. A má fase estava voltando. Mesmo assim, o Everton conseguiu mais duas vitórias na temporada, batendo o Bolton pela FA Cup (com direito a gol de Heitinga) e o West Bromwich (com show de Leighton Baines). Aí... bem, aí a má fase voltou de viagem. Um empate dramático, em casa, diante do Aston Villa, com Benteke aterrorizando a nossa zaga, deixou o sinal vermelho ligado em Goodison. Os três jogos seguintes também foram vexaminosos: não jogamos, definitivamente, contra o Manchester United, empatamos com o poderoso Oldham e, pior, perdemos de virada - nos acréscimos - para o "envolvente" Norwich (PORQUE ESSE TIME SEMPRE GANHA DO EVERTON????).
Os Toffees precisavam dar uma resposta. Logo, conseguiram eliminar o Oldham da FA Cup e jogar bem diante do Reading, em casa. Duas vitórias que indicavam um Everton mais equilibrado, um time voltando aos eixos. Foi assim que o maior baque da temporada veio: o jogo do ano, a torcida desesperada por um título, louca para ir à Wembley. E o que o Everton faz: é completamente dominado, em casa, pelo Wigan; Moyes levou um nó inesquecível de Martinez e teve a genial ideia de colocar Neville no lugar de Gibson, única e exclusivamente por "questões táticas". Foi uma punhalada nas costas. Mais um ano sem títulos, humilhados dentro de sua casa, e quase sem perspectivas de classificação para competições europeias. Sem contar que, essa derrota para os Latics foi um fator determinante para a saída de David Moyes. A única coisa que Moyes & companhia poderiam fazer é pedir desculpas, isto é, pedir perdão, apresentando um futebol digno do Everton.
E foi assim que os Toffees tiveram sua última boa fase na temporada: uma vitória arrasadora diante do Manchester City, em casa, causou uma loucura/euforia instantânea nos torcedores. A vitória magra porém estonteante diante do Stoke indicava um Everton revigorado; o bom empate fora de casa, diante do Tottenham, só não foi melhor porque o time já havia acumulado mais de uma dezena de empates na competição. Abril começou "bacana", com a boa vitória sobre o QPR, e a boa atuação (e mais um empate) contra o Arsenal. Mas, essa boa sequência nunca foi suficiente para os Toffees entrarem bem na briga pelo Top 4. Veio uma derrota embaraçosa para o Sunderland, que tirou praticamente qualquer chance do Everton jogar uma competição europeia na próxima temporada. O Everton voltou a apresentar um bom futebol, apenas para "acabar bem", massacrando o Fulham em casa e jogando bem diante do Liverpool, em Anfield. Então, houve a despedida de Moyes de Goodison Park: o jogo contra o West Ham foi uma festa, pois já não havia nada a ser perdido. É sempre gostoso ver um jogo em Goodison Park com esse clima, festivo e extasiante.
Nossa temporada acabou com três pontos perdidos para o Chelsea, um jogo em que o Everton teve tudo para sair vitorioso. Acabou do modo como estamos acostumados a ver nosso clube nos últimos anos: até foi bom, mas não o bastante. Talvez o fato de não termos contratado jogadores em janeiro tenha pesado para essa queda de rendimento dos Toffees na reta final. A má fase de Jelavic também foi algo que nos atrapalhou bastante. Mas a verdade é que estamos tão acostumados a ver o Everton ceder em momentos cruciais, que a temporada 2012-2013 ficou com um gosto de "até que fomos longe". Pra mim, ficou o velho gosto de "poderíamos ter ido mais longe". Teremos "férias" agora; o verão evertoniano promete: novo técnico, novos jogadores, possíveis saídas de jogadores, possíveis novos patrocínios e, quiçá, um novo dono. Vamos esperar novamente por mudanças: que não venha o famoso "mais do mesmo".
COME ON YOU BLUES
Ola gostaria de postar neste blog ja q cada vez gosto mais desse time incrivel chamado everton.pfv respondam
ResponderExcluirE parabéns,gostei muito dessa "Sinopse" da temporada,pois tem muitos que começou a acompanhar o time a pouco tempo,eu sou um deles então é muito legal saber o que aconteceu antes de eu acompanhar.
ResponderExcluirBom texto, Luan.
ResponderExcluirMais uma daquelas temporadas de altos e baixos que estamos acostumados. menos mal que fizemos um bom papel na PL.
E ta certo que os caras acabaram levando o título, o que pode até servir de consolo, mas aquela derrota em casa pro Wigan por 3-0 (!!!) será muito difícil de esquecer...